2021 não deixou saudades e o que resta é uma frustrante constatação: Rio Claro merece mais! Merece muito mais do que foi apresentado ao longo do primeiro ano do governo Gustavo Perissinotto/Rogério Guedes.
A expressão que dá título a este artigo, também foi usada para denominar a coligação – formada pelo PSD, PSL, PL e Cidadania -, pela qual Gustavo e Rogério foram eleitos prometendo dar início a um novo ciclo de conquistas, desenvolvimento sustentável e inclusão social.
Com 353 metas que se pretendiam “exequíveis, factíveis e necessárias”, o Plano de Governo apresentado destaca que “Rio Claro necessita há tempos de uma gestão capacitada, planejada, focada em resultados, e com essa crise advinda da pandemia, reclama ainda mais uma gestão austera, criativa e transparente”.
Porém, o que se viu na prática foi exatamente o contrário do prometido aos rio-clarenses. Um governo sem resultados a apresentar, onde a austeridade deu lugar à gastança com publicidade e marketing para confecção de vídeos e revistas de propaganda. Um governo com foco em garantir a cumplicidade da Câmara de Vereadores para promover o inchaço da máquina administrativa com a criação de quase 700 novos cargos em comissão e de confiança. Para promover o endividamento do município com a contratação de um empréstimo de R$ 75 milhões.
Durante a campanha eleitoral, Gustavo e Rogério diziam que já era tempo do povo rio-clarense voltar a ter orgulho de sua cidade. Mas em 2021, Rio Claro voltou a ostentar a indesejada fama de cidade mais violenta da região ao registrar 40 homicídios, um recorde em 8 anos.
Rio Claro também sofreu – e muito – com o novo coronavírus. Em 2020, primeiro ano da pandemia e último da gestão do ex-prefeito Juninho, foram registradas 164 mortes por Covid. De janeiro a dezembro de 2021, sob o governo Gustavo Perissinotto/Rogério Guedes, os óbitos causados pela doença aumentaram em mais de 250% ceifando a vida de 418 rio-clarenses.
Apesar dos impactos da pandemia na economia provocando desemprego, perda de renda, falências e aflição em muitas famílias, o novo governo municipal não pensou duas vezes para avançar contra o bolso do rio-clarense e aumentar em quase 15% o preço da tarifa de água, contando com o silêncio e a conivência da Câmara Municipal.
Por essas e outras, 2021 não deixou saudades… E, certamente, se revelou especialmente frustrante para os pouco mais de 30% dos eleitores que se dignaram a votar nas eleições municipais, acreditando que um governo Gustavo Perissinotto/Rogério Guedes seria capaz de cumprir o desafio de apresentar melhores resultados pelos impostos pagos pelos contribuintes.
Mas Rio Claro não pode mais continuar nesse limbo inerte a que foi confinada em 2021 por um governo ausente e incapaz. Um governo que vive entre o passado de uma efêmera Capital da Alegria e o amanhã de uma Metrópole do Futuro que nunca chega. Um governo que no presente constrói uma narrativa de reformas estruturantes para, com o apoio da Câmara, avançar ainda mais no bolso do cidadão com novas taxas.
Que a partir de 2022, a Cidade Azul possa contar com um governo mais presente na vida da população. Afinal, Rio Claro merece mais inclusão social, mais segurança, mais saúde, mais educação, mais habitação, mais desenvolvimento, mais emprego, mais renda, mais qualidade de vida.