Secretário monta QG em Rio Claro e conspira contra prefeito

Novo comando da Secretaria Municipal de Finanças estaria relacionado a uma trama que envolve inabilidade na elaboração de orçamento, montagem de dossiê e cabeça colocada à prêmio pelo MDB de Amparo.

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Desde a chegada a Rio Claro, o secretário Paulo Rossi fez da Secretaria de Finanças uma espécie de QG para conspirar contra o prefeito de Amparo, Carlos Alberto Martins (MDB), a quem pretende desbancar nas eleições 2024 em pretendida revanche da derrota sofrida em 2020 na disputa pelo Executivo amparense.

Para auxiliá-lo na prefeitura de Rio Claro e na empreitada à distância contra o adversário político, Rossi recrutou os préstimos do psolista Vinícius Pagani, indicando sua nomeação ao prefeito Gustavo Perissinotto (PSD) como secretário adjunto da pasta, o que aconteceu após este ter deixado o diretório do PSOL de Jaguariúna – clique AQUI.

O RC 8:32 apurou que antes de migrar para Rio Claro, Pagani foi defenestrado do primeiro escalão do governo amparense. Em janeiro deste ano, ele foi exonerado do cargo de secretário de Fazenda e Orçamento e designado para o cargo de diretor do Departamento Administrativo Financeiro da Secretaria Municipal de Educação.

Segundo versão de uma fonte ligada ao MDB de Amparo, o “rebaixamento” e a perda de status teria se dado devido a erros cometidos na elaboração do orçamento 2023 do município, que resultaram na discrepância de valores (estimados em até R$ 40 milhões) e culminaram com a suspensão da execução orçamentária, decretada pelo prefeito Carlos Alberto no dia 19 de maio. Na mesma data Pagani assumiu o seu posto como o número 2 das Finanças de Rio Claro, conforme portaria nº 19.325 assinada por Gustavo e publicada no Diário Oficial (pág. 6) de 17 de maio, um dia antes dele pedir exoneração do cargo de diretor em Amparo.

A mesma fonte relata que Pagani estava com a cabeça colocada à prêmio pelo MDB que, inclusive, estudava a possibilidade de responsabilizá-lo pela “inabilidade” demonstrada e que estaria causando vários transtornos à gestão de Carlos Alberto que, entre outras coisas, teria sido obrigado a reduzir de 40% (anunciado anteriormente) para 10% o reajuste no valor do vale alimentação dos servidores municiais de Amparo, que a partir de julho passará a valer R$ 550.

Na alça de mira e temendo se tornar um bode expiatório – revela a fonte – Pagani teria montado um dossiê com cópias de contratos e outros documentos oficiais do governo Carlos Alberto, supostamente entregue a Rossi e que lhe serviu de passaporte para o desembarque na prefeitura de Rio Claro.

Toda essa trama é reforçada por postagens frequentes feitas nas redes sociais de Paulo Rossi, que é a aposta eleitoral do presidente do PSD Gilberto Kassab para Amparo – clique AQUI.

Recentemente Rossi atacou Carlos Alberto por não ter conseguido cumprir com o reajuste anteriormente anunciado de 40% no vale alimentação – apesar do aumento de mais 20% no salário dos servidores municipais no início do ano – e criticou a falta de prioridade em relação ao transporte coletivo ao destacar o valor de R$ 2,50 da tarifa de ônibus cobrada em Pedreira que, a exemplo de Amparo, faz parte do Circuito das Águas Paulista.

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