Emedebistas da ala histórica do partido negam suposta desistência do ex-prefeito Du Altimari em disputar a Convenção e descartam a possibilidade do resultado se dar por aclamação. “A decisão do MDB será no voto direto e secreto” – reafirmam. Com isso, independentemente do resultado, a possibilidade de um racha em relação a eleição municipal fica cada vez mais acentuada.
Se por um lado, rumores antecipando eventual desistência do ex-prefeito foram prontamente afastados. De outro, passaram a proliferar especulações com estimativas de votos a favor de uma candidatura própria Altimari, em contraposição à indicação da ex-vereadora Maria do Carmo Guilherme para vice na chapa de reeleição do prefeito Gustavo Perissinotto (PSD).
Uma das projeções indicam que até o momento Altimari já teria o apoio garantido de 15 convencionais. Neste cenário seriam necessários mais 8 votos favoráveis para reverter o favoritismo alimentado em torno da ex-vereadora e manter a mística de vitórias improváveis, como a das eleições de 2008 – clique AQUI.
Choque de gerações
A elevação da temperatura interna às vésperas da convenção marcada para sábado (20), traz à tona um choque de gerações e estilos que passou a ser alimentado nas estranhas do partido a partir da reeleição do vereador Hernani Leonhardt, líder da bancada emedebista na Câmara Municipal e que tem ao seu lado o vereador Geraldo Voluntário, que se filiou ao MDB em 2020 vindo do antigo Democratas.
O veneno da cizânia foi inoculado nas eleições de 2022 quando, visando apenas ampliar sua influência dentro do partido e ganhar visibilidade para uma nova reeleição em 2024, Hernani decidiu ser candidato a deputado federal sem qualquer perspectiva de sucesso.
Altimari, por sua vez, preferiu manter o seu apoio e fazer campanha para a reeleição do deputado federal Baleia Rossi, presidente nacional do MDB.
Esse episódio passou a servir de pretexto para que Hernani descarte a candidatura de Altimari e faça juras de amor eterno a Gustavo Perissinotto, que iniciou a cooptação do MDB ao final de 2022 com a nomeação da ex-rival Maria do Carmo para o seu governo, logo após a aprovação pela Câmara da reforma administrativa que criou quase 700 novos cargos na máquina pública.
Hernani, aliás, escancara ser adepto da política do toma-lá-dá-cá baseado na troca de cargos por apoio político, o que já motivou uma reprimenda pública por parte de Altimari – clique AQUI.