Sob investigação por suposto de esquema de rachadinha na Câmara de Rio Claro, o vereador Júlio Lopes é alvo de um pedido de medida cautelar apresentado pelo Ministério Público (MP). Além do vereador, o pedido também alcança seu ex-assessor e atual secretário adjunto de Agricultura Emílio Cerri, presidente do diretório municipal do Podemos.
Outros três servidores foram arrolados no pedido, cujo registro foi disponibilizado nesta segunda-feira (05) pelo Sistema de Consulta Pública de Procedimentos do Ministério Público. São eles: Carlos Cezar Zampieri Hara, Lucia Helena Brescansin e Sueli Martins.
Pelo sistema de consulta pública do MP não é possível saber o teor do pedido de medida cautelar.
Julinho Lopes (PP) responde a um inquérito civil no Ministério Público e um inquérito policial, em trâmite pela 1ª Vara Criminal de Rio Claro. A investigação começou após um vídeo vazado em rede social ganhar grande repercussão. Nele o vereador aparece recebendo dinheiro do então assessor Carlos Hara – clique AQUI.
Recentemente, a divulgação também em rede social de novas imagens desse mesmo vídeo revelaram a presença de Emílio Cerri.
Ato de precaução, medidas cautelares são propostas para assegurar que o investigado no curso da investigação não interfira na aplicação da lei, não prejudique a produção de provas e não reitere as práticas delituosas.
De acordo com o artigo 319 do Código de Processo Penal, entre as medidas cautelares consta a suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais.
Fator Carol Gomes
Coincidência ou não, as recentes declarações da vereadora Carol Gomes (Cidadania) que, durante uma live na noite de 15 de maio, confirmou a existência de um esquema de rachadinha na Câmara Municipal, podem ter contribuído para uma reviravolta nas investigações envolvendo Julinho Lopes. Ou ao menos acelerar e jogar novas luzes sobre o caso.
Até então, nos bastidores da política comentava-se que o caso – que neste mês completa um ano – estaria prestes a ser arquivado e que o denunciante Carlos Hara havia retirado todas as acusações.
No dia 16 de maio, Carol Gomes foi denunciada ao MP por suas declarações sobre o esquema de rachadinha. No dia seguinte, 17 de maio, foi juntada uma nova manifestação do MP ao juiz Durval José de Moraes Leme, da 1ª Vara Criminal. E, agora, surge o pedido de medida cautelar.