Laudo pericial mostra que disparo efetuado por criminoso ocasionou travamento da arma do CB PM Tom

Imagens do laudo comprovam que o tiro efetuado pelo criminoso atingiu a boca da arma do policial. Confira no final do texto as fotos.

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AZAR. Assim podemos definir a tragédia que tirou a vida do CB PM Tom no dia 24 de março deste ano na rua 30 do bairro Jardim Paulista em Rio Claro. Neste dia o policial seguia para a casa com sua moto quando foi abordado pelo criminoso, após não ter êxito em roubar a caminhonete de uma mulher.

Em certo momento o CB PM Tom reagiu e foi alvejado por um disparo de arma de fogo e vindo a óbito momentos depois na UPA da Avenida 29. No boletim de ocorrência foi relatado que o policial Tom chegou a apontar a arma para o meliante, porém acabou atingido. A hipótese era de que a arma do policial teria travado no momento dos fatos.

Diante das dúvidas a arma foi encaminhada para Instituto de Criminalística IC – CP Núcleo de Americana – EPC Rio Claro e o resultado do laudo final emitido no último dia 15 de abril, mostrando os motivos da arma do CB PM Tom não ter funcionado no momento da ocorrência.

A reportagem do RC 8:32 teve acesso ao laudo que mostra que um projétil disparado por arma de fogo chocou-se contra a boca do cano e a parte anterior do ferrolho da pistola do CB PM Tom. O laudo conclui que “um fragmento do projétil adentrou o cano da pistola pela boca e chocou-se contra o projétil do cartucho que estava alojado na câmara do cano.

O laudo diz ainda que “devido ao choque, referido fragmento de projétil acabou incrustado na cavidade do projétil do cartucho que estava alojado na câmara do cano da pistola. O cartucho alojado na câmara do cano e o ferrolho da pistola foram movidos à retaguarda, possivelmente, em virtude da energia a eles transferida pelo fragmento de projétil que adentrou pela boca do cano da arma”.

Devido a toda circunstância citada acima no laudo “o deslocamento à retaguarda do cartucho deixou-o desalinhado em relação ao eixo longitudinal do cano da pistola. O formato do fragmento de projétil e o desalinhamento do cartucho, supracitados, impediram que o ferrolho reintroduzisse o cartucho na câmara do cano, causando o travamento da arma.

Tom usava uma arma de fogo em bom estado de conservação, do tipo pistola, semiautomática, da marca GLOCK, do modelo G22 Gen5, de calibre nominal .40, de número de série BNFB945, de percussão central, desprovida de cão, de pino percutor embutido e de carga por carregador vertical (pente) com capacidade para 15 cartuchos.  

Resumindo. O disparo efetuado pelo criminoso contra o CB PM Tom, atingiu a boca da arma ocasionando o travamento da munição e impossibilitando o policial de efetuar outro disparo.

Confira abaixo algumas fotos do laudo que mostram o travamento da arma.

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