Na teoria de Freud (1974), a civilização é fundada na base de uma renúncia à satisfação pulsional, uma constante repressão das pulsões.
A repressão das pulsões está relacionada à repressão de tudo o que desejamos. Por exemplo: não tem como você tirar uma mulher da mesa de um bar que você deseja sentar, é precisa esperá-la sair, e esse controle dos impulsos, Freud chamará de princípio de realidade, que opõe-se ao princípio de prazer, que busca uma satisfação evitando dor e sofrimento.
Para que haja uma civilização, foi necessário um controle dos nossos instintos e impulsos, o problema, para Freud, está no excesso de repressão sexual, por exemplo, impondo o sexo apenas dentro do casamento e a título de procriação, a monogamia e dizendo que a masturbação causaria distúrbios mentais.
A libido está em toda parte. E está em toda parte porque a libido é energia sexual, energia essa que não é apenas sexo, mas vontades, instintos, impulsos, aos quais somos reprimidos a cada instante. Mas esse instinto precisa ser reprimido a título de uma civilização.
Porém, existem repressões como o certo e o errado imposto aos gêneros que é desnecessário, só serve a título de hierarquia. E claro, a repressão sexual propriamente dita, o sexo, e como ele pode ou não ser feito e com quem e com quantos.
Para Freud, as próprias exigências da vida civilizada seriam a causa do mal estar na civilização, pois entram em contradição com a real aspiração dos indivíduos, gerando perturbações oriundas das exigências pulsionais de satisfação.
Lara Vasconcelos
Graduanda em Psicologia
Estudante da temática Sexualidade
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