Disposto e desimpedido para as eleições 2024, o ex-prefeito Du Altimari (MDB) já começa a projetar possíveis alianças e coloca o PSDB no radar de articulações para enfrentar nas urnas o prefeito Gustavo Perissinotto (PSD), que foi de aliado a seu desafeto político.
Mentor e artífice da “Frente Progressista” que em 2008 desbancou o então prefeito Nevoeiro Junior e culminou com a sua eleição para prefeito de Rio Claro com mais de 53 mil votos, Altimari se movimenta nos bastidores para mapear o terreno das legendas de centro e traçar as estratégias para a sucessão municipal.
O RC 8:32 apurou junto a uma fonte ligada ao entorno do ex-prefeito que, como experiente observador da evolução do cenário político, ele se move com cautela mas já teria alguns alvos preferenciais já definidos para formar um arco de alianças forte o bastante para voltar sonhar após oito anos com a cadeira de chefe do Executivo, que já ocupou de 2009 a 2016.
A princípio, o radar de Altimari se volta para o PSDB, que já esteve junto com o MDB nas eleições de 2020, quando a ex-vereadora emedebista Maria do Carmo Guilherme obteve quase 22 mil votos e ficou em segundo lugar na disputa pela prefeitura de Rio Claro.
Aliás, tucanos e emedebistas realizaram uma reunião de cúpula quarta-feira (24) em Brasília e voltaram a negociar a formação de uma federação para disputar as eleições municipais em 2024 – clique AQUI.
Uma união com o PSDB, que já é federado ao Cidadania, colocaria Altimari em posição estratégica privilegiada. Além disso, permitiria a ele tentar atrair para o seu arco de alianças o Podemos, que já incorporou o PSC e que após as eleições municipais retomará as negociações para formalizar uma federação com os tucanos.
Neste cenário, Altimari contaria em uma eventual candidatura a prefeito com o suporte de ao menos seis dos atuais 19 vereadores da Câmara Municipal: Geraldo Voluntário e Hernani Leonhardt – MDB, Paulo Guedes e Vagner Baungartner – PSDB, Carol Gomes – Cidadania e Alessandro Almeida – Podemos.
A mesma fonte do entorno do ex-prefeito previu ainda que, além de PSDB, Cidadania e Podemos, ele poderia atrair também o PSB, Solidariedade e PDT.
Caminho Livre
Segundo os aliados mais próximos, Du Altimari está convicto de que tem o caminho livre e desimpedido para sua candidatura ano que vem e o desfecho positivo de algumas pendências corroboram para este entusiasmo.
Em maio de 2021, a Justiça Eleitoral arquivou por falta de provas denúncia contra ele que teve origem em delação na Operação Lava Jato, fato que foi repercutido recentemente pelo Jornal Cidade.
O RC 8:32 também já havia mostrado em janeiro deste ano, que o ex-prefeito conseguiu junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo efeito suspensivo em relação a uma condenação por improbidade, decorrente da contratação de um “funcionário fantasma” pela então vice-prefeita Olga Salomão (PT) – clique AQUI.
Quanto ao fato de possuir uma conta rejeitada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e pela Câmara Municipal, Altimari se mostra tranquilo e argumenta que a rejeição se deu em contexto absolutamente diferente em relação às do também ex-prefeito Juninho da Padaria, que o sucedeu na prefeitura e encontra-se inelegível.
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