A água distribuída em Rio Claro perdeu qualidade, enquanto o preço da tarifa dispara em menos de dois anos de governo Gustavo, responsável por um reajuste acumulado de mais de 31,5% no valor cobrado da população.
É o que mostra o parecer consolidado nº 32/2022, emitido pela Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento (Ares-PCJ) e que embasou o reajuste de 16,74%, que entrará em vigor em 1º de setembro. Em julho do ano passado, a tarifa teve um aumento de 14,80%. Ambos bem acima da inflação registrada nos respectivos períodos.
A qualidade da água tratada e distribuída à população rio-clarense pelo DAAE pode ser acompanhada pela evolução do indicador ICA – Índice de Conformidade da Água. A Ares PC observa que de acordo com padrões internacionais, a água é considerada segura quando ICA é igual ou superior a 97,5%, numa tabela que vai de 92% a 100%.
O indicador ICA de 2022 está abaixo de 95%, o pior patamar dos últimos seis anos. De 2018 a 2020, durante a gestão do ex-prefeito Juninho, o ICA se manteve em 98% evidenciando uma evolução satisfatória em relação aos dois anos anteriores.
Contudo, a tendência de melhora do ICA não se manteve em 2021, já no governo Gustavo Perissinotto, e despencou neste ano, conforme aponta a análise das amostragens realizadas no período de junho 2021 a maio de 2022.
A Ares-PCJ possui um Programa de Monitoramento da Qualidade da Água Distribuída. A amostragem de água tratada é feita no cavalete, analisando-se 10 parâmetros: coliformes totais, Escherichia coli, cor aparente, turbidez, pH, cloro residual livre, fluoreto, ferro total, manganês e alumínio. Anualmente, é realizada também uma análise completa com 83 parâmetros.
As coletas são feitas em locais escolhidos pelos técnicos da Agência, e as análises realizadas em conformidade com as normas da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e do Ministério da Saúde, referente ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e padrão de potabilidade.