Manchas solares foram registradas na manhã desta quarta-feira, dia 26, às 10h40 UTC -3 de Rio Claro/SP, pelo astrônomo e professor de fisica rio-clarense Fabrizzio Montezzo. As duas grandes manchas fotografadas possuem tamanhos extraordinários, a localizada mais a direita, por exemplo, cabem em torno de três planetas Terra e a da esquerda por volta de dois.
Mas o físico orienta que nunca se deve observar o Sol a olho nu. “Nunca observem o Sol, somente com a ajuda de um especialista, já que é uma atividade muito perigosa aos olhos. No caso, usei equipamentos especiais e faço isso há mais de 10 anos”, concluiu Fabrizzio.
As manchas solares registradas foram denominadas 2826 (maior) e 2824 (menor) pelo observatório espacial Solar and Heliospheric Observatory (SOHO), uma missão conjunta da NASA e Agência Espacial Europeia (ESA). Lançado em 2 de dezembro de 1995, o SOHO se encontra a 1,5 milhão de quilômetros mais perto do Sol do que a Terra, a fim de permitir uma visão mais do que privilegiada da nossa estrela para estudar suas características e como elas afetam nosso planeta.
Manchas Solares
Manchas solares são regiões na superfície do Sol com temperatura menor do que a média local e, por isso mesmo, em comparação com a superfície da nossa estrela, parecem ser mais escuras.
Elas apresentam grande concentração de campo magnético. Este campo magnético concentrado aprisiona matéria na forma de plasma, ou seja, gás muito quente e ionizado e eletricamente carregado. Se as linhas de campo magnético se rompem, matéria pode ser lançada para o espaço em eventos que chamamos de ejeção de massa coronal. Neste caso, inúmeras partículas são arremessadas no espaço e muitas delas podem atingir a Terra. As auroras boreais e austrais resultam da chegada dessas partículas que interagem com a atmosfera terrestre.
Junto com as partículas ejetadas do Sol, temos também radiação de amplo espectro que normalmente vão desde as ondas de rádio até os raios gama, passando pela luz (visível) e pelos raios X.
A quantidade de manchas solares observáveis nos dá uma ideia da atividade solar.
Projeto SOHO
Essa missão foi lançada com três objetivos específicos: o primeiro deles é estudar a dinâmica e a estrutura do interior do Sol. Já o segundo envolve estudos sobre o motivo pelo qual a coroa solar é tão mais quente que sua superfície, enquanto o terceiro, por fim, direciona os estudos para a direção e a forma como o vento solar de partículas é acelerado. Hoje, os dados obtidos pela missão já embasam quase 6 mil artigos publicados em revistas científicas de referência.
Além de investigar o funcionamento do nosso astro, o SOHO é também um excelente “caçador” de cometas, e já flagrou mais de 4 mil destes objetos congelados — o mais recente foi apelidado de “SOHO-4000”. Entretanto, o trabalho do SOHO se destaca principalmente no estudo do clima espacial, que são as perturbações causadas pelo fluxo constante de partículas carregadas emitidas pela coroa solar — o conhecido “vento solar”. Quando ocorrem ejeções de massa coronária (CME), bilhões de toneladas de partículas são emitidas a velocidades impressionantes.
Curso de Astronomia Fundamental e Essencial
O astrônomo e físico Fabrizzio Montezzo disponibiliza para alunos do ensino fundamental, médio e superior, para professores de todos os níveis, amantes do céu noturno e diurno, astrônomos amadores e iniciantes. o curso de Astronomia Fundamental e Essencial.
“Se você gosta de astronomia e observar o céu, não tem ainda um bom conhecimento com esta ciência, este curso é indispensável para você”, explica Fabrizzio.
Fenômenos como o movimento aparente do céu, do Sol, das estrelas, compreender as fases da Lua, as forças de maré, a localização das estrelas na esfera celeste, constelações, saber o que causa os eclipses, o Sistema Solar e a classificação dos planetas, as estações do ano, o que são chuvas de meteoros, o que são meteoritos, cometas, nossa localização na galáxia, distâncias astronômicas e a utilização dos astros para se localizar, além de aulas bônus sobre o Stellarium e o Heavens-Above.
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