Para cessar situação de nepotismo, o prefeito Gustavo deve atender ao Ministério Público (MP) e fazer a exoneração da filha do vereador Faísca e do sogro do secretário municipal de Administração Rogério Marcheti, presidente do PSD de Rio Claro.
As exonerações estão sendo requeridas a partir de recomendação administrativa emitida ao prefeito Gustavo Perissinotto(PSD) na última sexta-feira (02), no âmbito de inquéritos civis instaurados pela 7ª Promotora de Justiça de Rio Claro Georgia Carla Chinalia.
Francieli Paula Borges de Oliveira, filha do vereador Sivaldo Faísca, está nomeada no cargo em comissão de Diretora de Departamento da Secretaria Municipal de Esportes, desde fevereiro de 2022. Ela e o pai foram denunciados em setembro do ano passado ao MP – clique AQUI.
Nomeado em março do ano passado, Antonio Amilton de Oliveira, sogro de Marcheti, atua em função remunerada no município como como membro titular da Junta Administrativa de Recursos de Infrações – JARI.
Além desses casos, a promotora também está requerendo a exoneração de Bianka Antonella Lopes de Mattos Custódio e Jéssica Aline Pinto de Godoy. Ambas nomeadas como assessoras junto ao Fundo Social de Solidariedade.
Bianka é casada com Elias Custódio, secretário adjunto da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, comandada pelo ex-vereador Anderson Christofoletti, de quem foi chefe de gabinete na Câmara Municipal de Rio Claro.
Denunciada, Jéssica Aline Pinto de Godoy, assessora do Fundo Social, também entrou na mira do MP que apurou ser a sua mãe, Roberta Cristina Amaral de Godoy, nomeada como chefe de equipamento junto ao gabinete do prefeito e prestando serviço ao FSS.
Na recomendação, a promotora Georgia Chinalia pede a imediata remoção de Antonio Oliveira e exoneração de Francieli, Jéssica e Bianka por ocuparem cargos em comissão sem as necessárias qualificações técnicas.
Ao salientar que os casos evidenciam “situações de evidente lesão à moralidade e à impessoalidade”, a promotora recomenda ao prefeito que as exonerações sejam realizadas no prazo de 15 dias e que se abstenha de nomeá-los para qualquer cargo comissionado ou função gratificada dentro do município, com exceção dos de secretários (agente político), caso qualificados para tanto.
O Ministério Público ainda adverte que a omissão na adoção das medidas recomendadas irá implicar em medidas administrativas e ações judiciais cabíveis.
Conforme o RC 8:32 já mostrou, o vereador Faísca também é apontado como responsável pela indicação do cantor country “Tiroley Bennet”, como diretor de Comunicação da Câmara Municipal – clique AQUI.