Neste início de 2023, uma nova onda de homicídios volta a estigmatizar Rio Claro como uma das cidades mais violentas da região, o que aumenta a sensação de impotência do rio-clarense em face da escalada da criminalidade.
Janeiro deste ano terminará como o mais sangrento desde 2014. O corpo de um homem encontrado sábado (28) com ferimentos de foice em um matagal próximo ao bairro Santa Elisa, configurou o sexto homicídio registrado na cidade somente neste mês.
Após um primeiro semestre que levou Rio Claro a ser apontada como a terceira cidade mais violenta de São Paulo, em 2022 houve uma redução de 17,5% no número de pessoas mortas em relação ao ano anterior.
Mesmo assim, de janeiro de 2021 até agora, num período correspondente a 25 meses, o município soma 79 homicídios. Com isso ultrapassa o total de 78 mortes violentas registradas em 48 meses, entre janeiro de 2017 a dezembro de 2020.
De acordo com os dados estatísticos da Secretaria Estadual de Segurança Pública, em 2022 outros indicadores contribuíram para fomentar a sensação de insegurança e o estigma de cidade violenta.
Os casos de estupro tiveram um crescimento de 24,1% e saltaram de 58 em 2021, para 72, no ano passado. No trânsito, 22 pessoas morreram, três a mais do que em 2021.
No caso de roubos de veículos, o aumento foi de 37,3%. A cidade terminou o ano com 173 ocorrências, 47 a mais do que em 2021.
Os furtos de veículos aumentaram 31%, com 409 ocorrências. Foram 97 casos a mais do que em 2021.
