Professores se dizem traídos e chamam Gustavo de caloteiro

Pagamento de abono temporário para complementar piso revolta professores municipais, que cobram do Sindmuni realização de uma assembleia para reagir contra o que consideram uma manobra.

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Professores da rede municipal de ensino de Rio Claro, chamam o prefeito Gustavo de caloteiro e se dizem traídos por ele e pela secretária de Educação Valéria Velis. A manifestação aconteceu em rede social, após o anúncio do pagamento de abono a cerca de 260 professores como forma de complementação do piso do magistério.

Na tarde de sexta-feira (20), em reunião com vereadores na Câmara Municipal, a secretária anunciou a concessão de um abono para 99 professores efetivos e 160 contratados para equiparar os salários destes profissionais ao piso nacional da categoria – clique AQUI.

Logo após a reunião, o Diário Oficial do Município trouxe a publicação do decreto nº 12.583, assinado pelo prefeito Gustavo Perissinotto na última quarta-feira (18), oficializando o pagamento do abono temporário. Pelo decreto, o abono ficará em vigor até que a faixa salarial base destes professores alcançar o piso da categoria, através do reajuste geral anual dos servidores públicos.

A revolta dos professores foi imediata. Ainda na sexta-feira (20), através de sua página no Facebook, o coletivo Servidores em Luta realizou uma reunião online para debater as iniciativas que deverão ser tomadas para combater o que consideraram como uma “manobra” e um “ataque inaceitável ao plano de carreira”.

Desde então, seguidas postagens feitas pelo coletivo dos servidores da Rede Municipal de Ensino afirmam que os professores foram traídos pela secretária Valéria Velis e apunhalados pelo prefeito Gustavo Perissinotto, que também é chamado de caloteiro.

Em outra frente, os professores estão cobrando do Sindmuni – Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal a convocação ainda nessa semana de uma assembleia de emergência para os profissionais discutirem como deverão reagir para garantir o pagamento do piso para todos.

A pressão também deve se estender aos vereadores da Câmara Municipal, que caíram em desgraça junto ao funcionalismo municipal após a aprovação, em pleno sábado de carnaval, de um reajuste parcelado de 8% oferecido pelo prefeito Gustavo aos servidores. Agora, tentaram surfar no protesto dos professores, mas o tiro acabou saindo pela culatra.

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