Eventual acordo para fazer de Alckmin o vice de Lula (PT) em 2022, pode colocar o ex-deputado Aldo Demarchi (DEM) em uma saia justa com os seus eleitores e comprometer os seus planos para retornar à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, após seis mandatos consecutivos interrompidos nas eleições de 2018.
Acontece que para se tornar o vice de Lula – proposta que mexeu com Alckmin e que não está descartada – o ex-governador teria que se filiar ao PSB. Se Aldo o seguir, como chegou a antecipar, também terá sua imagem associada ao petismo, conflitando com sua posição de político conservador de centro-direita que sempre marcou sua trajetória na vida pública.
Em sua tentativa de retornar à Alesp, Demarchi já se manifestou decidido a acompanhar os passos do ex-governador Geraldo Alckmin, que aguarda apenas a conclusão do fiasco das prévias do PSDB para deixar o ninho tucano.
Conforme o RC 8:32 mostrou, em maio deste ano Aldo disse que migraria para a legenda que o ex-governador escolhesse. Àquela altura o destino mais provável de Alckmin parecia ser o PSD de Gilberto Kassab, o que levaria Demarchi a caminhar junto e receber o apoio do prefeito de Rio Claro Gustavo Perissinotto (PSD).
A história vai se repetir?
A estratégia de ter Geraldo Alckmin como candidato a vice-presidente na chapa presidencial de 2022 não seria uma novidade na trajetória política do ex-presidente Lula. Há mais de 30 anos, em sua primeira disputa presidencial, Lula optou por um caminho parecido.
Em 1989, quando enfrentou Fernando Collor (então no PRN) no segundo turno, o petista escolheu um integrante do PSDB, aliado do ex-governador Mário Covas, como companheiro de chapa: o desembargador José Paulo Bisol, que deixou o partido e se filiou ao PSB – clique AQUI.
Resta saber se Alckmin trilhará o mesmo caminho e se Aldo Demarchi o seguirá nessa jornada.
