Protagonistas no país, PT e PL têm dificuldades em Rio Claro

Na esquerda, mesmo com Lula de volta ao poder petismo não embala e vira coadjuvante. Na direita, falta de engajamento de vereadores aciona sinal de alerta no partido de Bolsonaro.

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Polos opostos da polarização política que só cresce no país, o PT de Lula e o PL de Jair Bolsonaro enfrentam dificuldades em Rio Claro para se estabelecerem como protagonistas nas eleições municipais de outubro, que tem como candidato à reeleição o prefeito Gustavo Perissinotto (PSD), apoiado por uma ampla base de sustentação na Câmara Municipal.

Após alardear a pré-candidatura de seu presidente João Guilherme a prefeito, o PT caiu na real. Desceu do pedestal e viu sua pretensão alimentada pelo retorno de Lula ao poder sucumbir diante do raquitismo da legenda no município. Recuou e abriu mão da candidatura própria para, humildemente, integrar a “Frente Rio Claro pela Democracia” com outros seis partidos de esquerda e centro-esquerda – clique AQUI.

João Guilherme agora passa a ser a principal aposta do PT para, ao menos, tentar conquistar uma das 19 cadeiras da Câmara Municipal de Rio Claro, o que não acontece desde as eleições de 2012.

O PL por sua vez já oficializou a pré-candidatura de Rogério Guedes a prefeito e aproveitou a janela partidária para turbinar a sua bancada na Câmara – antes restrita apenas ao vereador Luciano Bonsucesso, no partido desde 2015 – com filiação dos vereadores Moisés Marques, Val Demarchi e Sivaldo Faísca.

Tudo aparentemente dentro das coordenadas estabelecidas para uma decolagem perfeita rumo as urnas. Porém, o que se vislumbra no horizonte do PL não é propriamente um céu de brigadeiro. E os primeiros sinais de turbulência foram emitidos justamente no lançamento da pré-candidatura de Rogério quando, dos quatro vereadores do partido, apenas Moisés Marques esteve presente.

Essa falta de engajamento não passou despercebida, causou desconforto e amplificou ruídos de bastidores sobre um possível descontentamento por parte dos próprios vereadores em relação a composição da chapa que disputará as eleições proporcionais e que ainda não estaria definida. Tal situação dá margem a especulações sobre cálculos pessimistas que projetam dificuldades para o partido garantir mais de duas vagas na Câmara Municipal.

Ainda sem alaridos e maiores repercussões, as discordâncias internas no PL começam a aflorar e, de certa maneira, são até naturais. Basta observar o perfil de seus vereadores. Enquanto Moisés e Val são plenamente identificados com os valores e princípios da direita que tem em Bolsonaro o seu maior símbolo, Luciano e Faísca não possuem qualquer identificação ideológica ou programática e também não demonstram preocupação com isso.

As divergências levam a crer que após atravessar um período conturbado marcado por disputas internas pelo comando da legenda em Rio Claro, o PL ainda deve enfrentar novos desafios para harmonizar relacionamentos, debelar eventuais insurgências, pacificar posições e unificar sua tropa.

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