Comércio de Rio Claro tem prejuízo de R$ 2 milhões com cartão alimentação

Após rescisão de contrato, empresa que administrava cartão alimentação da Fundação de Saúde suspende pagamento de créditos à supermercadistas, que cobram ressarcimento do governo municipal.

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O comércio de Rio Claro amarga um prejuízo de mais de R$ 2 milhões em função do cartão alimentação contratado pelo governo Gustavo Perissinotto, para atender 1.600 servidores da Fundação Municipal de Saúde (FMS).

A denúncia está sendo feita por empresários e diretores de supermercados do município, que se dizem vítimas de um “calote” por parte da empresa Convênios Card que, segundo relato dos comerciantes, suspendeu totalmente o pagamento dos créditos que teriam a receber após rescisão de contrato com a FMS ao final de agosto.

Firmado em fevereiro deste ano, o contrato previa um prazo de vigência por cinco anos. A contratação se deu ao final de processo licitatório, em que a empresa vencedora forneceu taxa de deságio de 12,01%. De acordo com a FMS, todas as certidões foram apresentadas e não havia nenhum óbice para a contratação da empresa.

Porém, pouco tempo depois começaram as reclamações. Primeiro, os servidores descontentes com a rede de fornecedores credenciada. Em seguida, vários comerciantes credenciados relatando atrasos nos repasses. Até que ao final de agosto, houve a rescisão consensual do contrato, “ante ao grande número das reclamações e ‘pressões políticas’ sem qualquer fundamento factual” – segundo relato que consta de parecer emitido em 5 de outubro pela Conam (Consultoria em Administração Municipal), a pedido de Peterson Santilli, diretor de Gestão Administrativa da FMS (ver ao final da matéria).

Com a rescisão do contrato, a empresa responsável pelo cartão suspendeu o pagamento dos créditos que os estabelecimentos credenciados teriam a receber. Com isso, os comerciantes passaram a exigir do governo Gustavo Perissinotto uma solução para o prejuízo estimado em mais de R$ 2,2 milhões.

Como alternativa foi sugerido que eventuais multas aplicadas à empresa servissem como indenização, bem como a emissão de carta fiança para cobrir os prejuízos assumidos. Porém, nenhuma das opções foi considerada viável pelo governo municipal.

Após observar que a empresa contratada pela Fundação de Saúde possui um histórico de problemas e denúncias em vários municípios, um empresário supermercadista em contato com o RC 8:32 se manifestou indignado com o que classifica como uma atitude relapsa do governo municipal em relação à contratação da empresa e chega a questionar a real necessidade e interesse na mudança de bandeira do cartão alimentação.

Nota da Redação: Desde já, o RC 8:32 coloca à disposição os espaços que se entender necessários à manifestação das partes interessadas citadas nesta matéria.

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