Contratação de R$ 4,2 milhões na Finanças denunciada ao MP

Representação contra a prefeitura de Rio Claro e empresa com histórico de denúncias, coloca o secretário de Finanças Paulo Rossi sob os holofotes do Ministério Público.

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Realizado pelo Secretaria Municipal de Finanças, o pregão para a contratação de uma empresa de softwares por R$ 4,2 milhões foi denunciado ao Ministério Público e já está sob investigação da 7ª Promotoria de Justiça de Rio Claro.

De acordo com a secretaria, a contratação de empresa especializada no fornecimento de sistemas informatizados (softwares) para o licenciamento de solução de gestão pública visa a atender aos órgãos da Administração Direta, Indireta e Câmara Municipal.

Além da Prefeitura de Rio Claro, a denúncia também tem como alvo a empresa Prescon Informática Assessoria Ltda, vencedora do pregão presencial nº 07/2023, conforme aviso de adjudicação/homologação assinado pelo secretário Paulo Rossi e publicado pelo Diário Oficial do Município na última sexta-feira (14).

A denúncia coloca Paulo Rossi sob os holofotes do Ministério Público. Apadrinhado pelo presidente nacional do PSD e secretário estadual de Governo, Gilberto Kassab, ele assumiu a Secretaria de Finanças de Rio Claro há dois meses e é a aposta do partido como candidato a prefeito de Amparo, sua cidade natal – clique AQUI.

Histórico de denúncias

Sediada em Santo André, a Prescon é alvo de inquéritos civis por improbidade administrativa e ações públicas por dano ao erário em trâmite em várias cidades paulistas, à exemplo de Hortolândia e Ubatuba (veja ao final da matéria).

Além disso, a empresa possui um vasto histórico de denúncias sobre eventual participação em esquema de fraude a licitações, superfaturamento, desvio e favorecimento a agentes públicos em cidades dos estados de São Paulo, Minas Gerais – clique AQUI – e Bahia, entre os anos de 2009 a 2015.

Nesse período o empresa foi associada pelo Ministério Público Federal (MPF) ao empresário Kells Belarmino Mendes, que após ser preso pela Polícia Federal em 2015 durante a Operação “Águia de Haia”, revelou como funcionava o esquema que teria desviado mais de R$ 40 milhões do Fundeb e delatou o pagamento de propina a prefeitos, funcionários públicos e políticos, entre eles dois deputados estaduais do PSD da Bahia – clique AQUI.

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