Denúncia vincula vereador à venda de computadores doados pelo Poupatempo

Moisés Marques (PP) emprega em seu gabinete na Câmara Municipal a responsável técnica pelo Projeto Social Sal Terra, do qual é fundador e autor do projeto de utilidade pública.

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O vereador Moisés Marques (PP) foi vinculado a uma denúncia sobre a venda de computadores doados pelo Poupatempo ao Projeto Social Sal da Terra, do qual foi um dos fundadores. Ele emprega em seu gabinete na Câmara Municipal a esposa do presidente da ONG, Ricardo Romão da Silva.

A denúncia relata que de 40 computadores doados pelo Poupatempo para aulas de informática a pedido do vereador, 20 estão sendo colocados à venda por R$ 599,00 cada pelo presidente do Projeto Social, Ricardo Romão, através de anúncio postado em seu perfil do Facebook e compartilhado em dezenas de grupos.

“Essas doações dos computadores foram permitidas, exclusivamente para fins e uso de interesse social, e não para fazer dinheiro, como no caso” – diz a denúncia.

Utilidade Pública

A denúncia também trouxe à tona um vínculo entre o gabinete do vereador Moisés Marques e a referida OSC – Organização da Sociedade Civil.

O Projeto Social Sal da Terra foi declarado de utilidade pública pela Câmara Municipal de Rio Claro em outubro de 2021, a partir do Projeto de Lei nº 177/21 apresentado por Moisés Marques. Com isso se tornou apta a receber recursos públicos.

Nos documentos anexados para aprovação do projeto é destacado que “a Associação Sal da Terra foi constituída juridicamente em 2019, nascendo do sonho, boa vontade e liderança de Moisés Marques e sua família”.

Também em outubro, Milene Priscila de Vasconcelos da Silva, mulher de Ricardo Romão, foi contratada pela Mesa Diretora da Câmara e passou a trabalhar no gabinete do vereador do PP como assessora legislativa nível II, com salário de R$ 8.513,66.

Para o vereador, não há nenhuma irregularidade nisso. Pedagoga, Milene é a responsável técnica pelo Projeto Social Sal da Terra.

Reação

Diante da grande repercussão, o Projeto Sal da Terra emitiu uma nota de esclarecimento, que foi compartilhada pelo vereador Moisés Marques em sua página no Facebook.

Segundo a nota, os computadores doados não tinham memória suficiente, o que inviabilizava seu uso para aulas de informática. Desta forma, deliberou-se pela venda de metade deles para posterior adequação do restante das unidades e início das aulas de computação aos alunos do projeto.

A diretoria do Projeto Social considerou as denúncias levianas e espúrias, além de repudiar o que classificada de campanha difamatória prometendo responsabilizar os responsáveis pelas calúnias e difamações.

Poupatempo

Ao Jornal Cidade, a Prodesp – Empresa de Tecnologia do Governo de São Paulo, responsável pela administração do Poupatempo, afirma que de acordo com o Termo de Doação firmado com a Instituição Sal da Terra, que previu a destinação de 40 computadores à ONG, a donatária aceitou a doação dos objetos descritos com vistas ao atendimento apropriado de suas funções.

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