Exoneração de “Bonezinho” expõe uso de cargos para abrigar aliados

A exoneração de “Bonezinho Corrochel” da prefeitura de Rio Claro, expõe o uso de cargos no governo Gustavo para abrigar aliados políticos, prática que se intensificou com a criação de quase 700 cargos de livre nomeação pelo prefeito a partir da aprovação, em dezembro passado, da reforma administrativa pela Câmara Municipal.

Mário Corochel Neto – conhecido como Bonezinho Corrochel – ocupava desde fevereiro deste ano, o cargo em comissão de Chefe de Gabinete da Secretaria Municipal de Governo, que tem como titular Tu Reginato, presidente afastado do Sindmuni.

Assinada pelo prefeito Gustavo Perissinotto em 28 de junho, a portaria de exoneração foi publicada pelo Diário Oficial do Município nesta quarta-feira (30) e passa a valer a partir de sexta-feira (01), um dia antes da data limite para o afastamento dos servidores públicos que ocupam cargos em comissão e que desejam disputar as eleições de outubro.

Bonezinho é natural de Araras, onde se elegeu vereador em 2012. Em 2016 e 2020 disputou, sem sucesso, a eleição para prefeito pelo PTB, partido que por vários anos em Rio Claro foi presidido por Tu Reginato.

Graças aos contatos apadrinhamentos políticos, ele também foi subprefeito de Sapopemba, na capital paulista.

Ao final de agosto de 2021, cinco meses antes de ser nomeado pelo prefeito Gustavo como Chefe de Gabinete da Secretaria Municipal de Governo de Rio Claro, Bonezinho já havia anunciado sua pré-candidatura a deputado estadual por Araras.