Pertencente ao vice-prefeito de Rio Claro Rogério Guedes (PSL), a Madeireira Guedes foi multada pela Polícia Militar Ambiental, durante a realização da Operação Floresta Amiga II que mobilizou mais de 1.320 policiais, de terça-feira (21) a quarta-feira (22), em todo o Estado de São Paulo.
Durante a fiscalização realizada no pátio da madeireira, localizada no Jardim Floridiana, foram constatadas inconsistências em relação ao DOF (Documento de Origem Florestal), sendo verificado déficit de 18,2534 m³ em alguns tipos de cortes e excesso de 0,0916 m³ de tábuas de Peroba do Norte.
Em razão disso, foram elaborados dois Autos de Infração Ambiental (AIA) e aplicada uma multa simples no valor de R$ 5.476,02. De acordo com o relatório da Polícia Ambiental, os fatos constatados configuram, em tese, crime tipificado com base no artigo 46 da lei federal 9605/98.
Art. 46. Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela autoridade competente, e sem munir-se da via que deverá acompanhar o produto até final beneficiamento
Artigo 46 – Lei nº 9.605/1998
A Operação Floresta Amiga II em Rio Claro, que integra a área da 2ª Companhia do 5º Batalhão de Polícia Ambiental, mobilizou 24 policiais ambientais e dez viaturas. As ações abrangeram atividades de educação ambiental e plantio de árvores, fiscalização de madeireiras e em áreas onde foram firmados Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental (TCRA).
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Guedes e Ricardo Salles
Em 1º de junho deste ano o vice-prefeito Rogério Guedes divulgou em suas redes sociais sua participação em um evento com o então Ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles. Na ocasião, juntamente com o vereador Rodrigo Guedes (PSL), segundo sua própria postagem, “foram anunciados Projetos Federais para com os municípios (sic)”.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, deixaria o cargo logo após, ainda no mês de junho (23/06), após a ministra do STF Cármen Lúcia autorizar a instauração de um inquérito para investigar o então ministro sob acusação de crimes como advocacia administrativa, criar dificuldades para a fiscalização ambiental e atrapalhar investigação de infração penal que envolva organização criminosa.