Com futuro incerto, Altimari perde a boquinha em Brasília

Assessor “cabeça de bacalhau”, ex-prefeito de Rio Claro é exonerado de cargo em comissão no gabinete do deputado federal Baleia Rossi.

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O ex-prefeito de Rio Claro Du Altimari (MDB), que tem futuro político incerto, perde a boquinha que mantinha há quase quatro anos em Brasília, na condição de secretário parlamentar do deputado federal e presidente nacional do MDB, Baleia Rossi.

Nomeado para o cargo em comissão junto ao gabinete de Baleia em 7 de maio de 2019, o ex-prefeito acabou exonerado por meio da portaria 7829, publicada no Diário Oficial da União em 28 de fevereiro último.

Altimari recebia R$ 6.551,93 para desempenhar suas funções. Porém, nas hostes emedebistas há quem diga que era mais fácil encontrar uma cabeça de bacalhau do que o ex-prefeito dando expediente em Brasília.

Temer e Lava Jato

Recompensado por sua fidelidade ao partido, Altimari mantinha uma boquinha em Brasília desde o término de sua gestão (2009 – 2016) na prefeitura de Rio Claro.

Tanto é que em 23 de março de 2017, foi nomeado como assessor especial da subchefia de Assuntos Federativos da Secretaria de Governo da Presidência da República, pelo então presidente Michel Temer.

Na época, a remuneração de um cargo de Direção e Assessoramento Superiores 102 5, ou DAS 102 5, que Altimari ocupava, era de R$ 12.445,57.

Já como auxiliar de Temer, o ex-prefeito foi alvo de um pedido de abertura de investigação pela Procuradoria-Geral da República, por ter sido citado pelo delator da Odebrecht Guilherme Paschoal como beneficiário de R$ 150 mil, que teriam sido recebidos por meio de caixa 2 e destinados para sua campanha à reeleição como prefeito de Rio Claro em 2012.

A delação foi feita no âmbito da Operação Lava Jato, quando também foi revelado o apelido de “Sabonete”, que era o codinome atribuído a Altimari no sistema Drousys, ferramenta na qual os executivos da empreiteira registravam pagamentos não oficiais – clique AQUI.

Conta rejeitada

Com a conta referente ao exercício de 2016 – seu último ano à frente da Prefeitura de Rio Claro – rejeitada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e pela Câmara Municipal, Altimari tem futuro político incerto mas tenta manter alguma influência na sucessão municipal, em 2024.

Em dezembro do ano passado, ganhou uma sobrevida dada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo que retirou, ao menos temporariamente, o seu nome do Cadastro Nacional de Condenados por Ato de Improbidade Administrativa – clique AQUI.

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