Freud explica: reprimimos instintos sexuais a todo instante, seja quando não agredimos alguém, não furamos uma fila ou então, não largamos trabalho para trás. São exemplos de repressões de vontades que temos e elas são necessárias para uma civilização.
Além disso, reprimimos nossos desejos sexuais também. A relação monogâmica é um exemplo, quando sentimos atração sexual por outro objeto/pessoa, geralmente agimos contra a nossa natureza, reprimindo o instinto. A libido é natural, mas a forma como colocamos ou não ela em prática é social.
O amor é consequência da paixão. Ninguém ama de primeira instância. Requer um processo, e como todo processo, leva tempo de construção e nele existe companheirismo, compreensão, alguém que abrace suas contradições e que esteja ao seu lado para o que der e vier!
No amor, você constrói uma vida a dois, compartilhando momentos, planejando e construindo o futuro ao lado da parceria. E essa relação existe porque alguém te escolheu pra caminhar junto e enxergou em você compatibilidade e dedicação. No amor você tem alguém que se interessa e se importa com você. Por isso digo que encontrar o amor é o mesmo que ganhar na mega sena.
Já o sexo não, ele é avassalador, é momento, é singularmente carnal, feito apenas por tesão e vontade de satisfazer um desejo momentâneo. O sexo acaba, o amor não! Através do sexo você consegue satisfazer um instinto libidinal, mas não consegue construir um vínculo afetivo de amor.
E nós damos mais valor ao sexo puro, do que a tudo o que o amor abraça, pois matamos o amor por causa de uma noite de sexo. E a infidelidade baseia-se nisso. Muitos casais matam a facadas tudo aquilo que o amor sustenta e proporciona, por conta do desejo libidinal, mas é compreensível, pois as construções sociais e histórias nos induzem a atitudes que forjam nossa capacidade de raciocínio.
É só questão de perspectiva e da maneira pela qual você enxerga o mundo e o principal: prioridade.
Lara Vasconcelos
Graduanda em Psicologia
Estudante da temática Sexualidade
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